sábado, 21 de novembro de 2015

Prolixidade

Sei que minha história tortuosa segue caminhos desconhecidos, aquilo que já vivi parece nem ter existido, sei que são somas de todos os momentos ruins de minha vida que fazem a pessoa que sou hoje e que faz que o amor e comiseração pulsem forte em minhas veias, pois sei como a roda da vida gira, hoje você está bem, mas insatisfeito e amanhã você sabe que deveria ter se contentado com o que tinha... É assim que a gente aprende pelo sofrimento, ninguém aprende pelo amor como se diz no ditado, a gente aprende pela dor somente. Perder, perder e aprender tem algumas lembranças boas, elas nem sempre vêm primeiras e depois as que me formaram, sempre são as ruins, as que bloqueio intencionalmente, sabendo que estão ali adormecidas e acordam e cochilam novamente, sempre.
 Não quero ler o que escrevo porque sei que depois ficarei formatando, arrumando, procurando sinônimos e perderei o foco, do que não sei... Não quero contar a minha história, faltaria tempo, entretanto registrarei o que penso o que faço e o que não faço o que odeio e o que desejo, minhas impressões sobre a época em que vivo e como vivo..Não há as palavras perfeitas, são difíceis, escorregadias, vêm num lampejo e desaparecem e tento puxar pela memória, mas aquele instante já se foi, então as odeio por me privar de expressar as turbulências de minha alma, por não expor a profundidade do mar que se espelha em mim, misterioso, escuro e frio. Surpreso? O mar sempre é descrito com a sua beleza iluminada, mas gosto de pensar em suas águas profundas e misteriosas...
Escrever é um ato de amor e de fidelidade, pois quero deixar minha marca no mundo, mesmo que não sirva para nada, estarei aqui, nestas palavras derretidas pelo calor, pelo ímpeto que despertam em mim.
Elas pululam em meu peito, querem sair em um jorro , mas os limites impedem que eu as tenha em meu alcance, MAS EU VOU ME LIBERTAR!
ROSÂNGELA FERREIRA LUZ 21/11/2015
 
 

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