sábado, 21 de novembro de 2015

Já viveu hoje?






Minha vida é feita de pontas soltas, que nunca sei onde irão dar, a única certeza é de quem quase sou, o que indica uma grande incerteza, porque meus descaminhos me trouxeram até aqui, neste lugar, onde penso em parar, onde penso quando pararei, eufemismo para morte

Companheira de horas solitárias, horas de desespero, horas em que não sei aonde ir...

Horas em que observo a inutilidade de tudo vivido e tanto amor desperdiçado, tanto carinho aleatório, tantas flores murchas que, por um breve instante, viçosa e em outro, pétalas murchas que começam a feder.

Mas a efemeridade das flores não são eufemismos para a vida humana? Não somos viçosas no apogeu e murchas na derrocada?

As pedras sólidas e disformes seriam outra categoria de vida humana?

Durável mas nem sempre colorida, viva, efêmera... Porque o durável não nos ensina a valorizar a vida, mas o instante breve de nossas vidas faz-nos apreender o mínimo no universo caótico de uma existência assoberbada de erros que terminaram em amor, este de flor para flor, visão de luz e escuro, de tons de cinza e matizes coloridos, de altos e baixos.
De humanidade.  
 
 ROSÂNGELA FERREIRA LUZ 20/11/2015

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