sábado, 19 de dezembro de 2009

Palavras soltas...

É difícil criar harmonia onde predomina o caos, é impossível coabitar guerra de egos com paz. Muito poderia ser feito se não houvesse a “fogueira das vaidades”, poderíamos realizar um trabalho sério e enriquecedor, tirando a invisibilidade da nossa comunidade se não pensássemos tanto em “nós”.
O mundo está como está porque não há união, finge-se ser quem não é, mantém-se uma farsa para empurrar adiante o que eu chamo de sobrevida, porque quem vive de implicar, humilhar ou se desfazer do outro é, inegavelmente, infeliz, porque só a infelicidade poderia gerar um ser tão mórbido e insensível de não perceber, no conjunto de ambientes em que vive que há coisas mais importantes do que irritar os outros.
Sinto pena das pessoas que são obrigadas a conviver com pessoas desumanizadas a esse ponto e sinto pena dessas pessoas desumanizadas pela pequenez, pelo egoísmo, pela falta de sensibilidade, a falsa de sensação de “poder” que reina em suas vidas e sinto mais pena ainda, de perder tempo refletindo, nessas poucas linhas, sobre isso.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Paulicéia

scraps e mensagens

RecadosOnline - Gostou? Então envie uma Mensagem de Perdão também!



É tão fácil magoar alguém que depois da palavra dita todas as desculpas são poucas e não diminuem a culpa de ferir a quem amamos. Me perdoe, Paulicéia, que só um instante de bobeira pode comprometer nossa amizade e eu não quero perder a sua alegria que ameniza meus dias por não saber controlar as minhas emoções.
Uma amiga vale mais do que um tesouro, prefiro perder dinheiro a perder sua amizade. Já conversamos e está tudo "bem", mas eu sei que confiança é algo muito frágil e vai demorar um pouco até você confiar em mim de novo (não terei mais nenhuma explosão) meu dia está sendo péssimo por acontecer isso de eu te magoar sem necessidade, mas lembre-se, eu sou humana e não sou perfeita e espero, um dia, merecer a sua confiança.

sábado, 21 de novembro de 2009

Folhas soltas...

Final de ano...a família se une, todos felizes, aquele espírito de confraternização, de saudades. Bem, quase todos...A maioria não encontra significado no natal, os mais esperançosos agarram-se a religião e outros cultivam o ódio contra a sociedade que os marginalizou, para atos bárbaros, que vítima e vítima se confrontam, a dor de seus direitos violados... Não consigo pensar em um bom natal quando penso na periferia, não consigo pensar em um bom natal quando penso em dores, ainda bem que a família ajuda, ainda bem que os poucos amigos ajudam, ainda bem que encontro forças no meu interior e desligo-me da realidade e entro no sonho utópico de boas festas, boas férias e represento meu personagem, todavia, sozinha, é difícil prender pensamentos e tudo volta com força, com revolta, com dor... As dores da alma são difíceis de se curar...

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Comentários

Ufa, nem percebi que faz tempo que não posto alguma coisa,estou com fotos de um almoço feito pela escola em homenagem aos professores e ao servidores públicos com toda nossa família, churrasco, piscina, diversão para todas as idades, muito dez, vou organizá-las e postar para que possam apreciar e entender porque nossa escola é tão aconchegante e querida!
Agora, terminando o quarto bimestre, já começa a dar saudades... Mas enfim, todo ano é assim mesmo, não vemos a hora de terminar, mas quando vai chegando no finzinho snif snif... já vai dando saudade do barulho das crianças, mas a gente precisa descansar também. Por enquanto é só, estamos na correria!
Bjos!!!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

I Feira Multicultural da Escola Clori



A I Feira Multicultural da Escola Municipal Profª Clori Benedetti de Freitas foi um sucesso! Quando se trabalha em grupo, o resultado é estupendo. É óbvio que existem os contratempos e dissabores, que nos servem como lição para que, no ano que vem, a próxima Feira saia melhor ainda. Houve o atraso do som, autoridades vieram e se foram devido ao atraso, mas quando começou a abertura com a coordenadora Ivanilda como mestre de cerimônias, apresentando as autoridades para compor a mesa e todos cantarem o Hino Nacional, a animação foi total. O entusiasmo dos alunos era evidente, um dia de festa mostrando o resultado do seu trabalho e dos professores da nossa escola.
O diretor Jair da Silveira Almeida fez o discurso da abertura, encantando a todos com a sua oratória, pontuando aspectos importantes da história da escola;
Na sequência vieram as apresentações dos alunos ensaiados pelos seus professores e visitantes que colaboraram com a maior boa vontade na abertura. Teve:
- Dança da música: “Faz um milagre em mim”, orientados pela Profª Marlene Cardoso, como verão nas fotos acima, foi uma gracinha, aquelas meninas tão pequenas e já artistas;
- Mais uma vez nossos alunos do Projeto Clave de Sol, Aldair do nono ano e Letícia do quinto ano apresentaram ao som do violão músicas regionais, como Chalana e Trem do Pantanal, emocionando com suas deliciosas e harmoniosas vozes;
- As duas músicas que as meninas Fernanda, Ianca, Joyce, Larissa, Tainá do oitavo ano A e a Luíza do sexto D dançaram , apresentaram sincronismo nos passos e muito ritmo, serão futuras bailarinas;
- E o duelo repentista entre o João Luís e o Lucas Arruda do sétimo C, foi realmente um desafio no melhor estilo do cordel nordestino;
- A aluna Viviane do oitavo B fez uma magnífica apresentação tocando duas músicas em sua flauta encantada;
- Os The Winner Boys, TWB, cantaram três músicas de estilos diferentes e agradaram demais, parecia show de artista de Disco de Ouro;
- Encerrando a abertura, o grupo de dança New Street Power deu um show de dança que levaram o público ao delírio.
A Direção, representada pelo Jair Silveira de Almeida e Ivone Bonetti, mais as coordenadoras pedagógicas Alciléia, Ivanilda, Nelci e Rosângela Luz (euzinha) organizaram e facilitaram os trabalhos desenvolvidos para a I Feira Multicultural de nossa escola, trabalho de equipe mesmo. As salas de aula foram abertas à visitação e cada sala era temática, com trabalhos diferentes, teve uma sala de Ciências explicando com experiência ao vivo o funcionamento de um vulcão em erupção, orientada pelo Prof. Washington e Profª Rosemeire; teve a sala com os trabalhos das professoras Zulmira e Cristiane sobre a Literatura de cordel e o rap; teve oficina de pipas, organizada pelos professores Edson, Sandra e Sidney; sala com plantas medicinais e mudas para os visitantes levarem como lembrança, trabalho organizado pelas professoras do primeiro ano, Maria Elena, Rosicléia e Raimunda; teve a Sala de Matemática com as professoras Jozilene, Jussara e Cristiane com jogos lógicos; os professores de História, Dioleno e Sidnei Aparecido apresentaram os instrumentos de tortura utilizados durante o período histórico da Inquisição; os professores de Geografia, Maria Ivone e Adoaldo, juntamente com o professor Paulo, de Ciências, apresentaram os Efeitos dos Impactos Ambientais e o Desperdício de Água; teve a Sala de Arte Regional com as professoras Marlene, Andréia Vanzin e Juldete, com trabalhos artísticos de primeira linha; As professoras do Pré-Escolar, prepararam com seus alunos uma sala de Brinquedos e Brincadeiras, resgatando nossa cultura; as professoras do segundo ano, Elenir, Maria Lima e Sirlei juntamente com as dentistas Paola e Milena e sua assistente Carla, apresentaram conceitos de higiene de uma maneira super lúdica; as professoras Marinêz e Rosemar fizeram um trabalho complexo envolvendo leitura, escrita e ilustração de dois livros, um com parlendas e outro com adivinhas e cartazes com provérbios e frases de parachoques de caminhões; os alunos dos professores Elias, Léia e Soninha apresentaram alimentos alternativos. Enfim, todos se compromissaram já que uma das filosofias da escola é “Respeito e Compromisso” e se isso não houvesse nossa Feira não teria sido tão maravilhosa. Faltou público? Faltou, a comunidade não está acostumada com esse tipo de trabalho, entretanto, no próximo ano veremos a repercussão que teve o primeiro e assim por diante e cada vez mais estaremos empenhados a proporcionar o melhor para a comunidade escolar. Amém!
Autora: Rosângela Ferreira Luz
Colaboradora Maria Ivanilda Milfont Saraiva Moreira

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Somos preconceituosos? Assuma!

Hoje, conversando com minha santa mãe, sábia mulher, concluí que somos todos preconceituosos de alguma forma, por mais que acreditemos termos a mente aberta para tudo e todos. Compreendi, na minha visão de hoje, Penso isso hoje, amanhã não sei), que temos que praticar a tolerância, saber enrustir a negação do outro para vivermos em um ambiente harmônico. Minha filha estuda em uma escola particular e ontem, foi a abertura dos Jogos da Primavera da escola, sempre é um espetáculo o evento. Fomos eu , meu sogro (de coração), a Ana e minha filha. Ela foi se reunir com os coleguinhas de turma e no caminho, havia uns garotos de camisetão, boné, calças largas. Minha amiga disse que eles vieram para fazer alguma apresentação, eu já achei que era jovens da classe média com estilo de "mano". Era uma apresentação! E como professora coordenadora enxerida fui sondar como poderia agendar uma apresentação na escola em que trabalho. Consegui!!! Mas descobri também que fazem faculdade, moram em área nobre da cidade, uma realidade bem distante da que haviámos imaginado (pois quando soube que estavam lá para a apresentação, achei, como minha amiga, que fossem da periferia, com toda conotação que a palavra traz).
Simultaneamente ocorreu o episódio do governador do estado insultar o ministro do meio ambiente do país dizendo que: "Fulano é um veado, se ele vier aqui, vou estuprá-lo em praça pública". Choque... Estarreci! Pensei, meu Deus, é para convivermos com esta agressividade verbal que votamos? Com tanta baixeza sendo transmitida por via satélite para todo mundo? E se for homossexual, é defeito? Não é um problema de foro íntimo? A gente vê e escuta cada coisa e as crianças que escutam e não têm como filtrar o lado positivo da coisa?
O mundo anda carente de bons exemplos, para nós, adultos, renovar as esperanças de felicidade e paz, as crianças, para se espelharem, repetirem e aprimorarem os bons exemplos.
O preconceito é feio, divide em vez de somar, constrange em vez de descontrair, mata em vez de amar, humilha em vez de enaltecer. Viveríamos bem melhor, se aceitássemos como o Outro é e como somos. Você se aceita como é?

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Reflexões...


gifs em páginas
Máscaras sociais

Usamos máscaras para cada ambiente e para cada pessoa com que tratamos, é tão perigoso o uso dessas máscaras porque temo perder-me de mim e não saber mais quem sou, ou de me sentir violentada ao ter que usá-las, contrariando as minhas convicções e valores.
Uma amiga minha que eu costumo escutar e ponderar sobre o que ela me diz, sempre me orienta a ser “diplomática” ou “política”, só que, existem situações que me enojam e são nessas, as mais difíceis, que tenho que colocar aquela “cara de paisagem” e fingir que nada está acontecendo e que sou compreensiva e conivente com os mais absurdos disparates.
A máscara de mãe requer uma super heroína, forte, sempre pronta ali para dar colo e dizer as palavras certas para educar, para orientar, para defender a cria.
A máscara de esposa requer paciência, amor e concessões que, às vezes, fazem com que você deixe de ser você para viver a vida do outro e isso, eu sei bem, não vale a pena.
A máscara de filha precisa fazer com que a mãe se sinta útil, necessária para não magoá-las ou deixá-las pensar que não precisamos mais delas e precisamos sim, então mostramos fragilidade, indecisão e paciência com as limitações da idade.
A máscara de profissional exige que sejamos tolerantes com as diferenças, o que também significa conhecer as limitações das pessoas e saber que elas não estão nem aí para saná-las ou diminuí-las e que tudo de bom que você fizer é porque tem tempo ou não tem as mesmas responsabilidades que as outras pessoas, como se vivêssemos em outro planeta e o fato de querer fazer algo bem feito fosse uma escolha e não a coisa certa a se fazer.
Máscaras, máscaras, máscaras...
Às vezes é difícil vestir as máscaras quando queremos ser francos, ajudar ao outro, falar a verdade, dizer o que se pensa e o que se sente, entretanto são necessárias para os relacionamentos sociais, mas preciso dizer o que penso e aprender mais com quem possa me ensinar, preciso que entendam do que falo e que contribuam para crescermos juntos, preciso aprender o tempo todo e as pessoas não estão a fim de ensinar e nem de aprender, vestem suas máscaras, representam um papel e esquecem o que não lhes interessa.
Estou virando gente-bicho, não sei mais conversar banalidades, não encontro graça em piadas medíocres, desprezo a superficialidade.
Como vou me integrar no mundo outra vez?

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Nossa visita ao Teatro Municipal

Nossa visita ao Teatro Municipal
Dia vinte e sete de agosto, nossos professores de Teatro Aristeo Serra Negra e Ana Flávia e estão aplicando um projeto durante o estágio de conclusão do curso de Artes Cênicas da UFGD, em que aproximam a linguagem, a desenvoltura a expressividade do teatro à criança e ao adolescente durante sua formação humana com oficinas de Teatro, oferecidas em aulas de uma hora e meia cada, duas vezes por semana. Atendem oito turmas e programaram uma surpresa para os alunos: eles foram ao Teatro Municipal conhecer cada canto, cada área e saber da função de cada espaço ali dentro, assistiram sentadinhos no palco aos atores Tiago e Aristeo Serra Negra (é ele sim, o professor) apresentando uma história com direito a mudança de figurino e interação das crianças no palco.Foi lindo!!!
A magia do teatro nos absorveu completamente, nós contemplávamos, extasiados, cada gesto, acompanhávamos cada palavra com medo de a magia terminar e voltarmos ao mundo real.
Foi um gesto magnânimo esse dos professores porque nossas crianças, em sua maioria, nunca tinham ido ao teatro, nunca tiveram em um ambiente tão bonito e é tão raro esse desprendimento, essa atenção, esse carinho ao próximo.
Que Deus abençoe cada passo em suas vidas (professores e crianças) para que mais gestos como esse sejam possíveis!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Aula para meu amado, lindo, lindo, salve 6º A

É o seguinte: vocês vão clicar no link abaixo e começar o exercício número 1, quando terminar clique em VERIFICAR e, em seguida, se não tiver correções a fazer, no alto da página estará escrito PRÓXIMO EXERCÍCIO e repita o mesmo procedimento até encerrar todos os exercícios sobre Ordem Alfabética.

Boa Sorte!!!

1) Ordenar palavras em ordem alfabética:
http://ludotech.eu/

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Visita dos alunos ao Teatro Municipal de Dourados MS

Nossa visita ao Teatro Municipal
Dia vinte e sete de agosto, nossos professores de Teatro Aristeo Serra Negra e Ana Flávia e estão aplicando um projeto durante o estágio de conclusão do curso de Artes Cênicas da UFGD, em que aproximam a linguagem, a desenvoltura a expressividade do teatro à criança e ao adolescente durante sua formação humana com oficinas de Teatro, oferecidas em aulas de uma hora e meia cada, duas vezes por semana. Atendem oito turmas e programaram uma surpresa para os alunos: eles foram ao Teatro Municipal conhecer cada canto, cada área e saber da função de cada espaço ali dentro, assistiram sentadinhos no palco aos atores Tiago e Aristeo Serra Negra (é ele sim, o professor) apresentando uma história com direito a mudança de figurino e interação das crianças no palco.Foi lindo!!!
A magia do teatro nos absorveu completamente, nós contemplávamos, extasiados, cada gesto, acompanhávamos cada palavra com medo de a magia terminar e voltarmos ao mundo real.
Foi um gesto magnânimo esse dos professores porque nossas crianças, em sua maioria, nunca tinham ido ao teatro, nunca tiveram em um ambiente tão bonito e é tão raro esse desprendimento, essa atenção, esse carinho ao próximo.
Que Deus abençoe cada passo em suas vidas (professores e crianças) para que mais gestos como esse sejam possíveis!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Entre o quadro-negro e o data-show

Entre o Quadro-Negro e o Data-Show
Autor: Jairo Brasil VieiraData: 27/07/2009
Abuso é um vocábulo originário do latim "abusus" que indica um "comportamento inadequado ou excessivo." Segundo o dicionário Aurélio, o abuso significa "uso mau, excessivo ou injusto." Quando falo de abuso, também poderia falar de exagero, que no Aurélio tem como significação "coisa desmedida e que ultrapassa os limites." Mas para que serve sabermos o que é "abuso" ou "exagero"? Para mim, tudo que é aplicado de forma abusada ou exagerada, pode ser considerado um vício. E como vício, certamente não faz bem.
Todos nós docentes sabemos a transformação por que passa a educação na atualidade. Reconhecemos a teoria da Educação Bancária de Paulo Freire, e sabemos o quanto temos que usar de criatividade para instigar alunos na busca do conhecimento. E isso certamente depende de recursos pedagógicos inovadores. Tornar o ambiente de sala de aula interessante, de modo a que os alunos estejam constantemente motivados, não é fácil. As aulas expositivas cada vez mais devem ceder espaço à elaboração de pesquisas, projetos e à resolução de situações-problema. Pelo menos é isso que acredito ser nosso constante desafio, principalmente no ensino profissionalizante. Machado (2002) destaca que:
"...a formação escolar deve prover as pessoas de competências básicas, como a capacidade de expressão, de compreensão do que se lê, de interpretação de representações; a capacidade de mobilização de esquemas de ação progressivamente mais complexos e significativos nos mais diferentes contextos; a capacidade de construção de mapas de relevâncias das informaões disponíveis, tendo em vista a tomada de decisões, a solução de problemas ou o alcance de objetivos previamente traçados; a capacidade de colaborar, de trabalhar em equipe e, sobretudo, a capacidade de projetar o novo, de criar em um cenário de problemas, valores e circunstâncias no qual somos lançados e no qual devemos agir solidariamente." (p. 151-152)
Portanto, para ter sucesso nessa empreitada tão difícil, o docente deve recorrer a vários recursos em sala de aula. Se abusar ou exagerar na utilização de algum deles, seja o quadro-negro (ou lousa como queiram alguns) ou a mídia espetáculo da aula-show, estará sujeito a converter o ambiente no mais completo marasmo. Com isso, perdem a oportunidade de prover nossos discentes de competências básicas, tais como cita Machado (2002) acima. Nosso alunos devem ser motivados à leitura (interpretativa e crítica) e à discussão reflexiva, à resolução de problemas fazendo uso de suas experiências em consonância com a experiência trazida pelo professor.
Observa-se na maioria das Escolas um disputa acirrada pela reserva desses recursos multimidiáticos. Não que não seja uma forma pós-moderna de apresentar conteúdos, principalmente pela facilidade na exposição de imagens e no uso de um colorido que deixa o quadro-negro na pré-história. Mas convenhamos, o data-show não é um recurso exclusivo para atuação docente. Será que não temos outras alternativas tão interessantes quanto essa como forma de motivar nossos alunos na busca por competências? Muitas vezes, tanto a aula expositiva no quadro-negro pode ser desmotivadora quanto a aula expositiva no data-show. A única coisa que se modifica é o formato, pois o objetivo alcançado pode ser idêntico. Muitas vezes o uso do data-show, principalmente se utilizado no "escurinho do cinema", pode levar a uma malimolência extrema.
Celso Antunes em sua obra "Professores e Professauros", à qual recomendo, destaca que uma boa aula deve abrigar cinco atributos essenciais:
a) Protagonismo - Onde o aluno é o eixo do processo educacional e não um espectador com a função de ouvir.
b) Linguagem - Proporcionar um ambiente de aprendizagem que permita tanto com o professor quanto com os colegas, discussões, debates, interrogações, sugestões, análises e propostas.
c) Administração de Competências Essenciais - A sala de aula deve ser o palco central de estímulos a diferentes competências essenciais à aprendizagem, em busca de uma visão sistêmica.
d) Construção de Conhecimentos Específicos - Ligar o que se aprende ao que já se sabe, fazendo uma ponte entre o que se aprende e a vida que se vive.
e) Auto-avaliação - Descobrir que a aula foi um efetivo instrumento de transformação, uma mudança de estado entre o que se sabia antes de ela começar e o progresso posterior constatado.
Por tudo isso é necessário refletir se não estamos exagerando ou abusando no uso de algum tipo de recurso necessário à nossa prática docente. Não temos deixado de lado práticas importantes como a pesquisa na biblioteca, a elaboração e apresentação de trabalhos ou a resolução de situações-problema desafiadoras?
Prof. Jairo Brasil é Mestre em Educação pela Unisinos e docente em escolas técnicas profissionalizantes da região metropolitana de Porto Alegre.

Tendências pedagógicas

AS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR BRASILEIRA E SEUS PRESSUPOSTOS DE APRENDIZAGEM
Delcio Barros da Silva1.
INTRODUÇÃO
O objetivo deste artigo é verificar os pressupostos de aprendizagem empregados pelas diferentes tendências pedagógicas na prática escolar brasileira, numa tentativa de contribuir, teoricamente, para a formação continuada de professores.Sabe-se que a prática escolar está sujeita a condicionantes de ordem sociopolítica que implicam diferentes concepções de homem e de sociedade e, conseqüentemente, diferentes pressupostos sobre o papel da escola e da aprendizagem, inter alia. Assim, justifica-se o presente estudo, tendo em vista que o modo como os professores realizam o seu trabalho na escola tem a ver com esses pressupostos teóricos, explícita ou implicitamente.Embora se reconheçam as dificuldades do estabelecimento de uma síntese dessas diferentes tendências pedagógicas, cujas influências se refletem no ecletismo do ensino atual, emprega-se, neste estudo, a teoria de José Carlos Libâneo, que as classifica em dois grupos: “liberais” e “progressistas”. No primeiro grupo, estão incluídas a tendência “tradicional”, a “renovada progressivista”, a “renovada não-diretiva” e a “tecnicista”. No segundo, a tendência “libertadora”, a “libertária” e a “crítico-social dos conteúdos”.Justifica-se, também, este trabalho pelo fato de que novos avanços no campo da Psicologia da Aprendizagem, bem como a revalorização das idéias de psicólogos interacionistas, como Piaget, Vygotsky e Wallon, e a autonomia da escola na construção de sua Proposta Pedagógica, a partir da LDB 9.394/96, exigem uma atualização constante do professor. Através do conhecimento dessas tendências pedagógicas e dos seus pressupostos de aprendizagem, o professor terá condições de avaliar os fundamentos teóricos empregados na sua prática em sala de aula.No aspecto teórico-prático, ou seja, nas manifestações na prática escolar das diversas tendências educacionais, será dado ênfase ao ensino da Língua Portuguesa, considerando-se as diferentes concepções de linguagem que perpassam esses períodos do pensamento pedagógico brasileiro.
2. TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS LIBERAIS
Segundo LIBÂNEO (1990), a pedagogia liberal sustenta a idéia de que a escola tem por função preparar os indivíduos para o desempenho de papéis sociais, de acordo com as aptidões individuais. Isso pressupõe que o indivíduo precisa adaptar-se aos valores e normas vigentes na sociedade de classe, através do desenvolvimento da cultura individual. Devido a essa ênfase no aspecto cultural, as diferenças entre as classes sociais não são consideradas, pois, embora a escola passe a difundir a idéia de igualdade de oportunidades, não leva em conta a desigualdade de condições.
2.1. TENDÊNCIA LIBERAL TRADICIONAL
Segundo esse quadro teórico, a tendência liberal tradicional se caracteriza por acentuar o ensino humanístico, de cultura geral. De acordo com essa escola tradicional, o aluno é educado para atingir sua plena realização através de seu próprio esforço. Sendo assim, as diferenças de classe social não são consideradas e toda a prática escolar não tem nenhuma relação com o cotidiano do aluno.Quanto aos pressupostos de aprendizagem, a idéia de que o ensino consiste em repassar os conhecimentos para o espírito da criança é acompanhada de outra: a de que a capacidade de assimilação da criança é idêntica à do adulto, sem levar em conta as características próprias de cada idade. A criança é vista, assim, como um adulto em miniatura, apenas menos desenvolvida.No ensino da língua portuguesa, parte-se da concepção que considera a linguagem como expressão do pensamento. Os seguidores dessa corrente lingüística, em razão disso, preocupam-se com a organização lógica do pensamento, o que presume a necessidade de regras do bem falar e do bem escrever. Segundo essa concepção de linguagem, a Gramática Tradicional ou Normativa se constitui no núcleo dessa visão do ensino da língua, pois vê nessa gramática uma perspectiva de normatização lingüística, tomando como modelo de norma culta as obras dos nossos grandes escritores clássicos. Portanto, saber gramática, teoria gramatical, é a garantia de se chegar ao domínio da língua oral ou escrita.Assim, predomina, nessa tendência tradicional, o ensino da gramática pela gramática, com ênfase nos exercícios repetitivos e de recapitulação da matéria, exigindo uma atitude receptiva e mecânica do aluno. Os conteúdos são organizados pelo professor, numa seqüência lógica, e a avaliação é realizada através de provas escritas e exercícios de casa.
2.2. TENDÊNCIA LIBERAL RENOVADA PROGRESSIVISTA
Segundo essa perspectiva teórica de Libâneo, a tendência liberal renovada (ou pragmatista) acentua o sentido da cultura como desenvolvimento das aptidões individuais.A escola continua, dessa forma, a preparar o aluno para assumir seu papel na sociedade, adaptando as necessidades do educando ao meio social, por isso ela deve imitar a vida. Se, na tendência liberal tradicional, a atividade pedagógica estava centrada no professor, na escola renovada progressivista, defende-se a idéia de “aprender fazendo”, portanto centrada no aluno, valorizando as tentativas experimentais, a pesquisa, a descoberta, o estudo do meio natural e social, etc, levando em conta os interesses do aluno.Como pressupostos de aprendizagem, aprender se torna uma atividade de descoberta, é uma auto-aprendizagem, sendo o ambiente apenas um meio estimulador. Só é retido aquilo que se incorpora à atividade do aluno, através da descoberta pessoal; o que é incorporado passa a compor a estrutura cognitiva para ser empregado em novas situações. É a tomada de consciência, segundo Piaget.No ensino da língua, essas idéias escolanovistas não trouxeram maiores conseqüências, pois esbarraram na prática da tendência liberal tradicional.
2.3. TENDÊNCIA LIBERAL RENOVADA NÃO-DIRETIVA
Acentua-se, nessa tendência, o papel da escola na formação de atitudes, razão pela qual deve estar mais preocupada com os problemas psicológicos do que com os pedagógicos ou sociais. Todo o esforço deve visar a uma mudança dentro do indivíduo, ou seja, a uma adequação pessoal às solicitações do ambiente.Aprender é modificar suas próprias percepções. Apenas se aprende o que estiver significativamente relacionado com essas percepções. A retenção se dá pela relevância do aprendido em relação ao “eu”, o que torna a avaliação escolar sem sentido, privilegiando-se a auto-avaliação. Trata-se de um ensino centrado no aluno, sendo o professor apenas um facilitador. No ensino da língua, tal como ocorreu com a corrente pragmatista, as idéias da escola renovada não-diretiva, embora muito difundidas, encontraram, também, uma barreira na prática da tendência liberal tradicional.
2.4. TENDÊNCIA LIBERAL TECNICISTA
A escola liberal tecnicista atua no aperfeiçoamento da ordem social vigente (o sistema capitalista), articulando-se diretamente com o sistema produtivo; para tanto, emprega a ciência da mudança de comportamento, ou seja, a tecnologia comportamental. Seu interesse principal é, portanto, produzir indivíduos “competentes” para o mercado de trabalho, não se preocupando com as mudanças sociais.Conforme MATUI (1988), a escola tecnicista, baseada na teoria de aprendizagem S-R, vê o aluno como depositário passivo dos conhecimentos, que devem ser acumulados na mente através de associações. Skinner foi o expoente principal dessa corrente psicológica, também conhecida como behaviorista. Segundo RICHTER (2000), a visão behaviorista acredita que adquirimos uma língua por meio de imitação e formação de hábitos, por isso a ênfase na repetição, nos drills, na instrução programada, para que o aluno for me “hábitos” do uso correto da linguagem.A partir da Reforma do Ensino, com a Lei 5.692/71, que implantou a escola tecnicista no Brasil, preponderaram as influências do estruturalismo lingüístico e a concepção de linguagem como instrumento de comunicação. A língua – como diz TRAVAGLIA (1998) – é vista como um código, ou seja, um conjunto de signos que se combinam segundo regras e que é capaz de transmitir uma mensagem, informações de um emissor a um receptor. Portanto, para os estruturalistas, saber a língua é, sobretudo, dominar o código.No ensino da Língua Portuguesa, segundo essa concepção de linguagem, o trabalho com as estruturas lingüísticas, separadas do homem no seu contexto social, é visto como possibilidade de desenvolver a expressão oral e escrita. A tendência tecnicista é, de certa forma, uma modernização da escola tradicional e, apesar das contribuições teóricas do estruturalismo, não conseguiu superar os equívocos apresentados pelo ensino da língua centrado na gramática normativa. Em parte, esses problemas ocorreram devido às dificuldades de o professor assimilar as novas teorias sobre o ensino da língua materna.
3. TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS PROGRESSISTAS
Segundo Libâneo, a pedagogia progressista designa as tendências que, partindo de uma análise crítica das realidades sociais, sustentam implicitamente as finalidades sociopolíticas da educação.
3.1. TENDÊNCIA PROGRESSISTA LIBERTADORA
As tendências progressistas libertadora e libertária têm, em comum, a defesa da autogestão pedagógica e o antiautoritarismo. A escola libertadora, também conhecida como a pedagogia de Paulo Freire, vincula a educação à luta e organização de classe do oprimido. Segundo GADOTTI (1988), Paulo Freire não considera o papel informativo, o ato de conhecimento na relação educativa, mas insiste que o conhecimento não é suficiente se, ao lado e junto deste, não se elabora uma nova teoria do conhecimento e se os oprimidos não podem adquirir uma nova estrutura do conhecimento que lhes permita reelaborar e reordenar seus próprios conhecimentos e apropriar-se de outros.Assim, para Paulo Freire, no contexto da luta de classes, o saber mais importante para o oprimido é a descoberta da sua situação de oprimido, a condição para se libertar da exploração política e econômica, através da elaboração da consciência crítica passo a passo com sua organização de classe. Por isso, a pedagogia libertadora ultrapassa os limites da pedagogia, situando-se também no campo da economia, da política e das ciências sociais, conforme Gadotti.Como pressuposto de aprendizagem, a força motivadora deve decorrer da codificação de uma situação-problema que será analisada criticamente, envolvendo o exercício da abstração, pelo qual se procura alcançar, por meio de representações da realidade concreta, a razão de ser dos fatos. Assim, como afirma Libâneo, aprender é um ato de conhecimento da realidade concreta, isto é, da situação real vivida pelo educando, e só tem sentido se resulta de uma aproximação crítica dessa realidade. Portanto o conhecimento que o educando transfere representa uma resposta à situação de opressão a que se chega pelo processo de compreensão, reflexão e crítica.No ensino da Leitura, Paulo Freire, numa entrevista, sintetiza sua idéia de dialogismo: “Eu vou ao texto carinhosamente. De modo geral, simbolicamente, eu puxo uma cadeira e convido o autor, não importa qual, a travar um diálogo comigo”.
3.2. TENDÊNCIA PROGRESSISTA LIBERTÁRIA
A escola progressista libertária parte do pressuposto de que somente o vivido pelo educando é incorporado e utilizado em situações novas, por isso o saber sistematizado só terá relevância se for possível seu uso prático. A ênfase na aprendizagem informal, via grupo, e a negação de toda forma de repressão, visam a favorecer o desenvolvimento de pessoas mais livres. No ensino da língua, procura valorizar o texto produzido pelo aluno, além da negociação de sentidos na leitura.
3.3. TENDÊNCIA PROGRESSISTA CRÍTICO-SOCIAL DOS CONTEÚDOS
Conforme Libâneo, a tendência progressista crítico-social dos conteúdos, diferentemente da libertadora e libertária, acentua a primazia dos conteúdos no seu confronto com as realidades sociais. A atuação da escola consiste na preparação do aluno para o mundo adulto e suas contradições, fornecendo-lhe um instrumental, por meio da aquisição de conteúdos e da socialização, para uma participação organizada e ativa na democratização da sociedade.Na visão da pedagogia dos conteúdos, admite-se o princípio da aprendizagem significativa, partindo do que o aluno já sabe. A transferência da aprendizagem só se realiza no momento da síntese, isto é, quando o aluno supera sua visão parcial e confusa e adquire uma visão mais clara e unificadora.
4. TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS PÓS-LDB 9.394/96
Após a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de n.º 9.394/96, revalorizam-se as idéias de Piaget, Vygotsky e Wallon. Um dos pontos em comum entre esses psicólogos é o fato de serem interacionistas, porque concebem o conhecimento como resultado da ação que se passa entre o sujeito e um objeto. De acordo com ARANHA (1998), o conhecimento não está, então, no sujeito, como queriam os inatistas, nem no objeto, como diziam os empiristas, mas resulta da interação entre ambos.Para citar um exemplo no ensino da língua, segundo essa perspectiva interacionista, a leitura como processo permite a possibilidade de negociação de sentidos em sala de aula. O processo de leitura, portanto, não é centrado no texto, ascendente, bottom-up, como queriam os empiristas, nem no receptor, descendente, top-down, segundo os inatistas, mas ascendente/descendente, ou seja, a partir de uma negociação de sentido entre enunciador e receptor. Assim, nessa abordagem interacionista, o receptor é retirado da sua condição de mero objeto do sentido do texto, de alguém que estava ali para decifrá-lo, decodificá-lo, como ocorria, tradicionalmente, no ensino da leitura.As idéias desses psicólogos interacionistas vêm ao encontro da concepção que considera a linguagem como forma de atuação sobre o homem e o mundo e das modernas teorias sobre os estudos do texto, como a Lingüística Textual, a Análise do Discurso, a Semântica Argumentativa e a Pragmática, entre outros.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com esse quadro teórico de José Carlos Libâneo, deduz-se que as tendências pedagógicas liberais, ou seja, a tradicional, a renovada e a tecnicista, por se declararem neutras, nunca assumiram compromisso com as transformações da sociedade, embora, na prática, procurassem legitimar a ordem econômica e social do sistema capitalista. No ensino da língua, predominaram os métodos de base ora empirista, ora inatista, com ensino da gramática tradicional, ou sob algumas as influências teóricas do estruturalismo e do gerativismo, a partir da Lei 5.692/71, da Reforma do Ensino.Já as tendências pedagógicas progressistas, em oposição às liberais, têm em comum a análise crítica do sistema capitalista. De base empirista (Paulo Freire se proclamava um deles) e marxista (com as idéias de Gramsci), essas tendências, no ensino da língua, valorizam o texto produzido pelo aluno, a partir do seu conhecimento de mundo, assim como a possibilidade de negociação de sentido na leitura.A partir da LDB 9.394/96, principalmente com as difusão das idéias de Piaget, Vygotsky e Wallon, numa perspectiva sócio-histórica, essas teorias buscam uma aproximação com modernas correntes do ensino da língua que consideram a linguagem como forma de atuação sobre o homem e o mundo, ou seja, como processo de interação verbal, que constitui a sua realidade fundamental.
BIBLIOGRAFIAARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação. São Paulo : Editora Moderna, 1998.
COSTA, Marisa Vorraber et al. O Currículo nos Limiares do Contemporâneo. Rio de Janeiro : DP&A editora, 1999.
GADOTTI, Moacir. Pensamento Pedagógico Brasileiro. São Paulo : Ática, 1988.
LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da Escola Pública. São Paulo : Loyola, 1990.
MATUI, Jiron. Construtivismo. São Paulo : Editora Moderna, 1998.
RICHTER, Marcos Gustavo. Ensino do Português e Interatividade. Santa Maria : Editora da UFSM, 2000.
TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e Interação. São Paulo : Cortez, 1998.

Formas atuais de ensinar

Venho desenvolvendo algumas experiências no ensino de graduação e de pós-graduação na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Criei uma página pessoal na Internet, no endereço www.eca.usp.br/prof/moran. Nela constam as disciplinas de pós-graduação - Redes eletrônicas na Educação e Novas Tecnologias para uma Nova Educação - e três de graduação - Novas Fronteiras da Televisão, Legislação e Ética do Radialismo e Mercadologia de Rádio e Televisão - com o programa e alguns textos meus e dos meus alunos. O roteiro básico é o seguinte: no começo do semestre, cada aluno escolhe um assunto específico dentro da matéria, vai pesquisando-o na Internet e na biblioteca. Ao mesmo tempo, pesquisamos também temas básicos do curso. O aluno apresenta os resultados da sua pesquisa específica na classe e depois pode divulgá-los, se quiser, através da Internet.Disponho de duas salas de aula com dez computadores em uma e quatorze em outra, ligados à Internet por fibra ótica, para vinte alunos, em média. Utilizamos essa sala a cada duas ou três semanas. As outras aulas acontecem na sala convencional.O fato de ver o seu nome na Internet e a possibilidade de divulgar os seus trabalhos e pesquisas, exerce uma forte motivação nos alunos, os estimula a participar mais em todas as atividades do curso. Enquanto preparam os trabalhos pessoais, vou desenvolvendo com eles algumas atividades.Começamos com uma aula introdutória para os que não estão familiarizados com a Internet. Nela aprendemos a conhecer e a usar as principais ferramentas. Fazemos pesquisa livre, em vários programas de busca. Cadastramos a cada aluno para que tenha o seu e mail pessoal (na própria universidade ou em sites que oferecem endereços eletrônicos gratuitamente).Num segundo momento, todos pesquisamos um tópico importante do programa. É importante sensibilizar o aluno antes para o que se quer conseguir neste momento, neste tópico. Se o aluno tem claro ou encontra valor no que vai pesquisar, o fará com mais rapidez e eficiência. O professor precisa estar atento, porque a tendência na Internet é para a dispersão fácil. O intercâmbio constante de resultados, a supervisão do professor podem ajudar a obter melhores resultados. Eles vão gravando os endereços, artigos e imagens mais interessantes em disquete e também fazem anotações escritas, com rápidos comentários sobre o que estão salvando. As descobertas mais importantes são comunicadas aos colegas. Imprimem os textos mais significativos. No final, os alunos comunicam os principais resultados da sua busca e encontramos os principais pontos de apoio para analisar o tema do dia. Professor e alunos relacionam as coincidências e divergências entre os resultados encontrados e as informações já conhecidas em reflexões anteriores, em livros e revistas.O meu papel é o de acompanhar cada aluno, incentivá-lo, resolver suas dúvidas, divulgar as melhores descobertas. As aulas na Internet se alternam com as aulas habituais, onde acrescentamos textos escritos, vídeos para aprofundar os temas pesquisados inicialmente na Internet. Posteriormente, cada aluno desenvolve um tema específico de pesquisa, que ele escolhe, conciliando o seu interesse pessoal e o da matéria. É interessante que os alunos escolham algum assunto dentro do programa que esteja mais próximo do que eles valorizam mais. Essas pesquisas podem ser realizadas dentro e fora do período de aula. Estou junto com eles, dando dicas, tirando dúvidas, anotando descobertas. Esses temas específicos são mais tarde apresentados em classe para os colegas. O professor complementa, questiona, relaciona essas apresentações com a matéria como um todo. Alguns alunos criam suas páginas pessoais e outros entregam somente os resultados das suas pesquisas para colocá-los na minha página.Além das aulas, acontece um estimulante processo de comunicação virtual, junto com o presencial. Eles podem pesquisar em uma sala especial em qualquer horário, se houver máquinas livres. Os alunos me procuram mais para atendimento específico na minha sala, e também enviam mensagens eletrônicas. Como todos têm e-mail, envio com freqüência textos, endereços, idéias, sugestões em uma lista que crio para o curso. Isso estimula, principalmente na pós-graduação, o intercâmbio, a troca também entre colegas, a inserção de novos materiais trazidos pelos próprios alunos.A navegação precisa de bom senso, gosto estético e intuição. Bom senso para não deter-se, diante de tantas possibilidades, em todas elas, sabendo selecionar, em rápidas comparações, as mais importantes. A intuição é um radar que vamos desenvolvendo de "clicar" o mouse nos links que nos levarão mais perto do que procuramos. A intuição nos leva a aprender por tentativa, acerto e erro. Às vezes passaremos bastante tempo sem achar algo importante e, de repente, se estivermos atentos, conseguiremos um artigo fundamental, uma página esclarecedora. O gosto estético nos ajuda a reconhecer e a apreciar páginas elaboradas com cuidado, com bom gosto, com integração de imagem e texto. Principalmente para os alunos, o estético é uma qualidade fundamental de atração. Uma página bem apresentada, com recursos atraentes, é imediatamente selecionada, pesquisada.Ensinar utilizando a Internet exige uma forte dose de atenção do professor. Diante de tantas possibilidades de busca, a própria navegação se torna mais sedutora do que o necessário trabalho de interpretação. Os alunos tendem a dispersar-se diante de tantas conexões possíveis, de endereços dentro de outros endereços, de imagens e textos que se sucedem ininterruptamente. Tendem a acumular muitos textos, lugares, idéias, que ficam gravados, impressos, anotados. Colocam os dados em seqüência mais do que em confronto. Copiam os endereços, os artigos uns ao lado dos outros, sem a devida triagem.Creio que isso se deve a uma primeira etapa de deslumbramento diante de tantas possibilidades que a Internet oferece. É mais atraente navegar, descobrir coisas novas do que analisá-las, compará-las, separando o que é essencial do acidental, hierarquizando idéias, assinalando coincidências e divergências. Por outro lado, isso reforça uma atitude consumista dos jovens diante da produção cultural audiovisual. Ver equivale, na cabeça de muitos, a compreender e há um certo ver superficial, rápido, guloso sem o devido tempo de reflexão, de aprofundamento, de cotejamento com outras leituras. Os alunos se impressionam primeiro com as páginas mais bonitas, que exibem mais imagens, animações, sons. As imagens animadas exercem um fascínio semelhante às do cinema, vídeo e televisão. Os lugares menos atraentes visualmente costumam ser deixados em segundo plano, o que acarreta, às vezes, perda de informações de grande valor.A Internet é uma tecnologia que facilita a motivação dos alunos, pela novidade e pelas possibilidades inesgotáveis de pesquisa que oferece. Essa motivação aumenta se o professor a faz em um clima de confiança, de abertura, de cordialidade com os alunos. Mais que a tecnologia o que facilita o processo de ensino-aprendizagem é a capacidade de comunicação autêntica do professor, de estabelecer relações de confiança com os seus alunos, pelo equilíbrio, competência e simpatia com que atua.O aluno desenvolve a aprendizagem cooperativa, a pesquisa em grupo, a troca de resultados. A interação bem sucedida aumenta a aprendizagem. Em alguns casos há uma competição excessiva, monopólio de determinados alunos sobre o grupo. Mas, no conjunto, a cooperação prevalece.A Internet ajuda a desenvolver a intuição, a flexibilidade mental, a adaptação a ritmos diferentes. A intuição, porque as informações vão sendo descobertas por acerto e erro, por conexões "escondidas". As conexões não são lineares, vão "linkando-se" por hipertextos, textos interconectados, mas ocultos, com inúmeras possibilidades diferentes de navegação. Desenvolve a flexibilidade, porque a maior parte das seqüências são imprevisíveis, abertas. A mesma pessoa costuma ter dificuldades em refazer a mesma navegação duas vezes. Ajuda na adaptação a ritmos diferentes: a Internet permite a pesquisa individual, em que cada aluno vai no seu próprio ritmo e a pesquisa em grupo, em que se desenvolve a aprendizagem colaborativa.Na Internet também desenvolvemos formas novas de comunicação, principalmente escrita. Escrevemos de forma mais aberta, hipertextual, conectada, multilingüística, aproximando texto e imagem. Agora começamos a incorporar sons e imagens em movimento. A possibilidade de divulgar páginas pessoais e grupais na Internet gera uma grande motivação, visibilidade, responsabilidade para professores e alunos. Todos se esforçam por escrever bem, por comunicar melhor as suas idéias, para serem bem aceitos, para "não fazer feio". Alguns dos endereços mais interessantes ou visitados da Internet no Brasil são feitos por adolescentes ou jovens.Outro resultado comum à maior parte dos projetos na Internet confirma a riqueza de interações que surgem, os contatos virtuais, as amizades, as trocas constantes com outros colegas, tanto por parte de professores como dos alunos. Os contatos virtuais se transformam, quando é possível, em presenciais. A comunicação afetiva, a criação de amigos em diferentes países se transforma em um grande resultado individual e coletivo dos projetos.
José Manuel Moran - Especialista em projetos inovadores na educação presencial e a distância
Texto que inspirou o capítulo primeiro do livro: MORAN, José Manuel, MASETTO, Marcos e BEHRENS, Marilda. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica. 15ª ed. Campinas: Papirus, 2007, p.11-6

Ensinando com a Internet

Ensinar de formas diferentes para pessoas diferentes

Com a Internet estamos começando a ter que modificar a forma de ensinar e aprender tanto nos cursos presenciais como nos de educação continuada, a distância. Só vale a pena estarmos juntos fisicamente - num curso empresarial ou escolar - quando acontece algo significativo, quando aprendemos mais estando juntos do que pesquisando isoladamente nas nossas casas. Muitas formas de ensinar hoje não se justificam mais. Perdemos tempo demais, aprendemos muito pouco, nos desmotivamos continuamente. Tanto professores como alunos temos a clara sensação de que em muitas aulas convencionais perdemos muito tempo.Podemos modificar a forma de ensinar e de aprender. Um ensinar mais compartilhado. Orientado, coordenado pelo professor, mas com profunda participação dos alunos, individual e grupalmente, onde as tecnologias nos ajudarão muito, principalmente as telemáticas.Ensinar e aprender exigem hoje muito mais flexibilidade espaço-temporal, pessoal e de grupo, menos conteúdos fixos e processos mais abertos de pesquisa e de comunicação. Uma das dificuldades atuais é conciliar a extensão da informação, a variedade das fontes de acesso, com o aprofundamento da sua compreensão, em espaços menos rígidos, menos engessados. Temos informações demais e dificuldade em escolher quais são significativas para nós e conseguir integrá-las dentro da nossa mente e da nossa vida.A aquisição da informação, dos dados dependerá cada vez menos do professor. As tecnologias podem trazer hoje dados, imagens, resumos de forma rápida e atraente. O papel do professor - o papel principal - é ajudar o aluno a interpretar esses dados, a relacioná-los, a contextualizá-los.Aprender depende também do aluno, de que ele esteja pronto, maduro, para incorporar a real significação que essa informação tem para ele, para incorporá-la vivencialmente, emocionalmente. Enquanto a informação não fizer parte do contexto pessoal - intelectual e emocional - não se tornará verdadeiramente significativa, não será aprendida verdadeiramente.Hoje temos um amplo conhecimento horizontal - sabemos um pouco de muitas coisas, um pouco de tudo. Falta-nos um conhecimento mais profundo, mais rico, mais integrado; o conhecimento diferente, desvendador, mais amplo em todas as dimensões.Uma parte das nossas dificuldades em ensinar se deve também a mantermos no nível organizacional e interpessoal formas de gerenciamento autoritário, pessoas que não estão acompanhando profundamente as mudanças na educação, que buscam o sucesso imediato, o lucro fácil, o marketing como estratégia principal.O professor é um facilitador, que procura ajudar a que cada um consiga avançar no processo de aprender. Mas tem os limites do conteúdo programático, do tempo de aula, das normas legais. Ele tem uma grande liberdade concreta, na forma de conseguir organizar o processo de ensino-aprendizagem, mas dentro dos parâmetros básicos previstos socialmente.O aluno não é unicamente nosso cliente que escolhe o que quer. É um cidadão em desenvolvimento. Há uma interação entre as expectativas dos alunos, as expectativas institucionais e sociais e as possibilidades concretas de cada professor. O professor procura facilitar a fluência, a boa organização e adaptação do curso a cada aluno, mas há limites que todos levarão em consideração. A personalidade do professor é decisiva para o bom êxito do ensino-aprendizagem. Muitos não sabem explorar todas as potencialidades da interação.Se temos que trabalhar com um grupo, não poderemos provavelmente preencher todas as expectativas individuais. Procuraremos encontrar o ponto de equilíbrio entre as expectativas sociais, as do grupo e as individuais. Quando há uma diferença intransponível entre as expectativas grupais e algumas expectativas individuais, incontornáveis a curto prazo, ainda assim, na educação, procuraremos adaptar flexivelmente as propostas, as técnicas, a avaliação (prazo maior, diferentes formas de avaliação). Somente no fim deste processo podemos julgar negativamente - reprovar o outro. É cômodo para o educador jogar sempre a culpa nos alunos, dizendo que não estão preparados, que são problemáticos. A criatividade está em encontrar formas de aproximação dos alunos às nossas propostas, à nossa pessoa.Não podemos dar aula da mesma forma para alunos diferentes, para grupos com diferentes motivações. Precisamos adaptar nossa metodologia, nossas técnicas de comunicação a cada grupo. Tem alunos que estão prontos para aprender o que temos a oferecer. É a situação ideal, onde é fácil obter a sua colaboração. Alunos mais maduros, que necessitam daquele curso ou que escolheram aquela matéria livremente facilitam nosso trabalho, nos estimulam, colaboram mais facilmente.Outros alunos, no início do curso podem estar distantes, mas sabendo chegar até eles, mostrando-nos abertos, confiantes e motivadores, sensibilizando-os para o que eles vão aprender no nosso curso, respondem bem e se dispõem a participar. A partir daí torna-se fácil ensinar.Existem outros que não estão prontos, que são imaturos ou estão distantes das nossas propostas. Procuraremos aproximá-las o máximo que pudermos deles, partindo do que eles valorizam, do que para eles é importante. Mas se, mesmo assim, a resposta é fria, poderemos apelar para algumas formas de impor tarefas, prazos, avaliações mais freqüentes, de forma madura, mostrando que é pelo bem deles e não como forma de vingança nossa. O professor pode impor sem ser autoritário, sem humilhar, colocando as tarefas de forma clara, calma e justificada. A imposição é um último recurso do professor, não primeiro e único. Sempre que for possível, avançaremos mais pela interação, pela colaboração, pela pesquisa compartilhada do que pela imposição.
José Manuel Moran

sábado, 15 de agosto de 2009

Nossas aulas de Teatro

Essas são imagens de uma aula do professor Aristeo e professora Ana Flávia, lá na minha escola Clori, com meus pequenos e estou enviando meus mais sinceros votos de sucesso em toda trajetória profissional desses anjos que amam a arte e a compartilham com crianças que, como todo ser humano, precisam sonhar para viver e, que melhor forma de viver do que a arte de representar?

Como dizem no teatro para desejar sucesso:

Merda!!!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Novidades...

Ó, beleza de vida atribulada!!! Na escola rolando vários projetos, todos com o meu dedinho rs... O Soletrando que chega ao final e continua com o estudo do campeão ou campeã para a etapa estadual; o Projeto Identidade, formando o banco de dados dos alunos das séries finais do Ensino Fundamental e o projeto com a Universidade Federal da Grande Dourados com o curso de Artes Cênicas e com este pousaram dois anjos em minha escola: Ana Flávia e Aristeo, professores da minha tchurminha! Fiquei elétrica hoje: primeiro dia de aula do Teatro Porã e eis que já vislumbrei a alegria das minhas crianças estampadas nas faces! Isso é tão bom, assim vale a pena viver!
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sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Para meu pai...

Meu pai
Uma poesia é pouco
pra quem já fez tanto
sem cobrar, sem pergunta
uma poesia é nada
pra quem já fez tudo
sem sequer, sem contudo
pai
meu melhor poema é mudo
então vai um abraço
um beijo
um sentimento profundo
que uma vida é pouco
quero ser seu filho
até o fim
de um outro mundo.

Desconheço a autoria, se souberem envie-me que darei os devidos créditos

terça-feira, 4 de agosto de 2009

A diferença entre a força e a coragem

A diferença entre a força e a coragem

É preciso ter força para ser firme,mas é preciso coragem para ser gentil.
É preciso ter força para se defender,mas é preciso coragem para baixar a guarda.
É preciso ter força para ganhar uma guerra,mas é preciso coragem para se render.
É preciso ter força para estar certo,mas é preciso coragem para ter dúvida.
É preciso ter força para manter-se em forma,mas é preciso coragem para ficar de pé.
É preciso ter força para sentir a dor de um amigo,mas é preciso coragem para sentir as próprias dores.
É preciso ter força para esconder os próprios males,mas é preciso coragem para demonstrá-los.
É preciso ter força para suportar o abuso,mas é preciso coragem para fazê-lo parar.
É preciso ter força para ficar sozinho,mas é preciso coragem para pedir apoio.
É preciso ter força para amar,mas é preciso coragem para ser amado.
É preciso ter força para sobreviver,mas é preciso coragem para viver.
Se você sente que lhe faltam a força e a coragem,queira Deus que o mundo possa abraçá-lo hoje com Calor e Amor !
E que o vento possa levar-lhe uma voz que lhe diz que há um Amigo, vivendo num outro lado do Mundo,desejando que você esteja bem.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

A política me enoja!

Gente, é o de sempre e que sempre nos surpreende!!! Essa de empregar parentes até a oitava geração e além é prática desde (mais uma vez) sempre e a cara de pau destes políticos quererem justificar o abuso com suas razões torpes e desajustadas cansam (como diria meu pai) minha beleza.
Estou cansada de ver a educação andando de carroça, enquanto alguns levam uma vida nababesca e sultuosa como a desses marajás políticos (constroem até castelos) que não tem dó nem piedade de ver a população morrendo como moscas de fome, doenças, coisas que poderiam ser facilmente sanadas se houvesse seriedade na política brasileira.
Quando penso nisso (e é sempre) fico tão revoltada ao olhar essas crianças, tão inocentes de si e de seu destino, fadadas ao sofrimento, à marginalidade se tudo continuar como está e isso está faz tempo.
Meu grito hoje é de revolta, de angústia, de impotência, de olhar crianças, pensar crianças e chorar pelas crianças...

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Para quem curte Quentin Tarantino

Selton Melo e seu Jorge muito dez!!!

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Ai, terminando as férias...

Estava visitando o site do geral.com, aquele programa da Globo apresentado por adolescentes. O blog é maneiríssimo, bem feito, gostoso de explorar, mas enfim falando das férias estou aproveitando para adiantar meus cursos ( Gestar II e Direito à Memória e à Verdade) que já oferecem muito material para estudo e ainda ando fuçando no site do Mec, Plataforma Paulo Freire, querendo uma chance de estudar mais um pouco e sabem o que descobri? Aqui em Dourados não existe oferta, ou seja, não há cursos para formação do professor dentro deste projeto. Bizarro, né? Duas universidades públicas e nenhum curso para quem está em sala de aula e não tem licenciatura ou esteja dando aula fora da área. estava pensando que, como estou coordenadora e não fiz Pedagogia, poderia... quem sabe...Mas diz DANDO AULA. Chato, não é?
Preocupada com a gripe suína ou Tipo A ou H1N1, ou seja lá que nome tiver. Preocupada com a volta às aulas e a aglomeração de pessoas... quando isto vai parar?
Tô correndo de quem espirra ou tosse e se bem entendo de alguma coisa, não tem como controlar, será a Peste do século XXI?
Voltando a TV, estou adorando Som & Fúria, arte, literatura e a índole humana. Show!

terça-feira, 21 de julho de 2009

Falando sobre Direitos Humanos...

Acredito que os direitos humanos foram construídos de acordo com a necessidade de a sociedade olhar por todos os seus iguais ou para garantir esta igualdade tão desejada conforme as condições surgiam e havia a necessidade de assegurar o respeito e os direitos de indivíduos buscando benefícios para o grande grupo, então foi uma construção histórica, elaborada com a intenção de regularizar uma convivência sadia, dando as mesmas oportunidades a todos, garantindo os direitos de liberdade, de igualdade e de solidariedade tão esquecidos quando conveniente.
Precisou de um documento para que os seres humanos não se esquecessem das condições urgentes para a civilização fluir e progredir com responsabilidade, ainda assim, esses direitos são tão violentados, enquanto alguns lutam para que haja essa conscientização e essa busca não seja em vão, existem aqueles que burlam todos os direitos da grande população como se os direitos humanos só existissem para poucos e no papel, conveniente para quando for preciso usá-los.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Continuando...

recados para blogs e sites

"Viver e não ter a vergonha de ser feliz..."

recadso para hoje

Sonhos e sorrisos...

animações e imagens

Minha incompleta definição hoje

Já vivi muitas coisas, algumas boas, algumas ruins, todas somando para ser o que sou hoje como mulher, como pessoa, como profissional, como filha, como mãe, como amiga, como irmã!Como mulher, vivi muitos amores, amei e fui muito amada, assim como diversos podem ser os tipos de amores: brandos, loucos, selvagens, plácidos, calmos, tranqüilos. E sofri, chorei, gritei de tristeza e gritei de alegria, sorri, cantei, dancei, corri, pulei, corri riscos e me emocionei amando e sendo amada, cultivando lembranças, saudades, memórias e amigos.Como pessoa, forjei-me nas feridas abertas pela vida, cicatrizes profundas que hoje coçam, trazendo à tona, lembranças vividas, sofridas e usadas para delinear os meus hojes e amanhãs, aprendi que sem luta não há começo e que não se chega ao fim aos poucos, o fim chega brutal, seja rápido ou lentamente e, se chegou ao final é que a luta por aqui terminou, pois não se termina antecipada ou atrasada, termina na hora justa.Como profissional, sou feita de superação, sempre em busca de conhecimento para usá-lo em prol da humanidade (que me cerca) e tentar realizar minha missão, aquela em que eu acredito estar destinada e que, quero acreditar, fará diferença na vida de alguém como já fez e fará, mas ainda tenho a alternativa de esse alguém pode ser apenas eu e já faço diferença.Como filha, errei, cresci, amadureci e hoje meus pais são o norte do meu mundo, nada que foi dito, foi dito em vão, nada que foi visto como exemplo, será esquecido e suas lições serão eternizadas na memória dos meus filhos(meus alunos são também meus filhos).Como mãe, tento repassar as lições que serviram para me educar e ter uma vida digna, tentando ensinar ao máximo para poupar sofrimento a minha filha, ensinando o que aprendi com meus pais, com o mundo para evitar os diversos sofrimentos que a vida traz. Sei que é impossível tirar o sofrimento do caminho dos filhos (meus alunos são também meus filhos), mas se podemos exemplificar tudo minimizamos o sofrimento deles.Como amiga aprendi que estar ao seu lado é muito, mesmo não sabendo o que dizer, e estando ausente posso dizer muito se souber como fazê-lo, aprendi que calar ou mentir para não te ver sofrer pode ser uma alternativa para o momento que está vivendo e que falar o que penso pode soar sincero, mas pode te machucar e essa dor só será boa se te fizer amadurecer então, se for apenas dor pela dor, então é melhor calar para não te ver chorar. Posso-te ver chorar em silêncio ou chorar na sua presença em silêncio, sem precisar de explicações tendo a certeza de que não julgarei e nem serei julgada, que esperaremos juntos a dor calar e o sol voltar a brilhar, pois ele sempre volta como tudo na vida.Como irmã sei que a distância não dissolve laços e que o sangue é a eterna aliança entre o ser humano e Deus e que, aqueles que tenho como irmãos são as melhores pessoas do mundo, com qualidades e defeitos que os tornam perfeitos aos meus olhos e que nunca quis que fossem diferentes.E eu não espero fórmulas certas, porque sempre me darei ao luxo de poder errar. Não quero saber o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração e não serei diferente do que sou, posso ser até antissocial , mas sou verdadeira e disso não abro mão. Eu só sei viver inteira, jamais pela metade e em completa e eterna mutação. E como diz Clarice Lispector, em um dos seus momentos especiais:“Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos. Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer: - E daí? EU ADORO VOAR!”

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Pérolas de Clarice Lispector

E se me achar esquisita,respeite também, até eu fui obrigada a me respeitar.Clarice Lispector

"Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes… tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:- E daí? Eu adoro voar!Não me deem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre. "
Clarice Lispector

"Porque se olhares em mim verás...não sou tão má quanto pensas; apenas não sou tão corajosa como imaginas...pareço forte mais no fundo sou fraca, fera porém sou bela, às vezes chata mas no meu íntimo há sentimentos diversos; pareço metida porém se olhares em meu semblante com seu coração verás apenas humildade, calma sempre...posso até parecer solitária ...é que realmente tenho poucos amigos...a diferença é que os poucos que tenho não valem metade de um seu ...pense nisso e depois me julgue, lembre-se que se me julga pela aparência...sou apenas o reflexo de sua ignorância."
Clarice Lispector

"Faça com que eu tenha a coragem de me enfrentar.Faça com que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo.Receba em teus braços o meu pecado de pensar.”
Clarice Lispector

A importância de sempre aprender!

textos grandes

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Imagens valem mais do que mil palavras...Será?

Coloquei este título neste post e eis que, sábado de manhã no Globo Ação, a escritora Ana Maria Machado disse:" Uma imagem vale mais que mil palavras" e pediu que tentassem colocar esta frase em imagens com o mesmo significado e então dei conta que só imagem não dá conta da mensagem, ainda precisamos das palavras. AMÉM!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

O brilho dos meus olhos

http://www.portacurtas.com.br/embed/embed.swf?xml=1&Cod=4949&exib=8238

Mais um curtinha, então curta!

http://www.portacurtas.com.br/embed/embed.swf?xml=1&Cod=647&exib=8238

O Conselho de Classe

Hoje finalizamos o Conselho de Classe feito em duas etapas: a primeira para passar as notas dos alunos e a segunda para determinarmos as ações para o terceiro bimestre. Nossas turmas do sexto ao nono ano têm três projetos em andamento: Projeto Identidade,será finalizado no terceiro bimestre; o Projeto Soletrando termina também no próximo bimestre e começa a preparação do representante da escola para a seletiva do estado para o programa do Luciano Huck e o terceiro, Projeto Arte & Ofício, que se iniciará agora, com a fomentação dos alunos para inscrição para as oficinas.

O encontro foi produtivo e, quero providenciar um lanche saboroso para o próximo encontro porque meus professores merecem um agrado já que meu trabalho não seria nada sem eles.

Muito obrigada a todos!!!

terça-feira, 7 de julho de 2009

Reflitam...

gifs em páginas

Hoje é um dia a mais!

geradores de animações

Hoje é um dia especial porque podemos contar como um dia a mais.
Um dia a mais para valorizar as amizades de pessoas que nem imaginávamos ter como amigos;
Um dia a mais para fazer um balanço de nossas vidas;
Um dia a mais para sorrir, amar e festar;
Um dia a mais para se emocionar, chorar, lamentar;
Um dia a mais para brincar, pular, cantar;
Um dia a mais para descansar depois do bem feito
Um dia a mais para agradecer as bençãos que se cumulam
Um dia a mais para admirar flores, plantas, frutas e paisagens
Um dia a mais para tomar banho de chuva;
Um dia a mais...
Para ver você sorrir, para ver você brincar, para ver você dormir
E pensar:
Todo dia é pouco para viver você!
Autora Rosângela Ferreira Luz

sábado, 27 de junho de 2009

Michael Jackson Morreu...

assinaturas personalizadas
Michael Jackson morreu... Eu sei, todo mundo já sabe, entretanto quero falar da minha relação com o artista, melhor dizendo, com as músicas do artista. As "lentas" de Michael embalaram meus primeiros amores e meus primeiros contatos com o sexo oposto, através da dança coladinha ao corpo de alguém ( felizarda eu que tive isto, parece que minha filha não dançará de rosto e resto coladinha), bem,músicas que nos incendiavam a imaginação e detonava paixões, mais tarde, na juventude, eram seus "balanços" que faziam o corpo e a alma voar na liberdade da dança... Triller, Bad, todo mundo dançou, curtiu e se embalou! O artista insuperável que mudou o rumo dos videoclips, fazendo arte e vida nos entrarem através dos olhos e ouvidos.
Morreu o artista... Ficou os defeitos, a solidão, uma vida sofrida de alguém que nunca soube quem realmente era, uma vida cercada de mistérios...Pegador de criancinhas? Louco? Solitário? Excêntrico? Exibido? Tímido? Os gênios sempre serão incompreendidos e seus atos sempre serão julgados e podem ser condenados por uns, absolvidos por outros.
Uma lágrima cai em meu rosto hoje por aquilo que vivi, por aquilo que não entendi, por aquilo que perdi...
recados para blogs e sites





quinta-feira, 25 de junho de 2009

Palestra Desenvolvimento Humano

Ontem, dia 24, estive em uma palestra que acabou revelando-se surpreendente! Quando recebi o convite, pensei em não ir porque seria mais blá-blá-blá e eu não tenho tempo a perder. Bom, pelo menos foi o que pensei. A palestra foi na Câmara Municipal de Dourados, coordenada pela Doutora Morgana ( depois coloco o nome completo porque de onde estou postando falta estes dados), que foi maravilhosa em suas palavras.Começou nos situando, perguntando se éramos especialistas em educação, houve um silêncio geral, então ela disse que se fossemos ao médico e ele fizesse aquele silêncio, ainda assim, deixaríamos que ele fizesse a cirurgia? Então temos que nos assumir como especialistas ( a reunião foi para diretores e coordenadores) e então foram pérolas voando daquela boca que, humildemente, dizia achar sua voz feia, falando de situações comuns ao ambiente escolar e formas de se lidar com estas situações, imperando o respeito, quesito principal, na minha concepção, de sobrevivência neste mundo. Teremos mais quatro encontros, no mínimo e estarei atualizando os posts. E de uma coisa eu sei: A Educação precisa encontrar um caminho que trabalhe a formação do indivíduo e suas relações no mundo.
Bjos!

scraps montagensPara gifs de Beijos, o melhor é aqui!

sábado, 20 de junho de 2009

Homenagem a nós, professores!

HOMENAGEM AOS PROFESSORES


EDUCAR É PARA POUCOS(Minha homenagem aos Confessores de Sonhos, conhecidos como Professores)


Educar é um ato heróico em qualquer cultura.
Talvez seja pelo fato de que educar exija que a pessoa saia um pouco de si e vá ao encontro do outro; um outro desconhecido; um outro anônimo; um outro que me questiona; um outro que me confronta com meus próprios fantasmas, meus próprios medos, minha própria insegurança. Talvez seja pelo fato que educar exija sacrifício, exija renúncia de si, exija abandono, exija fé, exija um salto no escuro. Talvez por isso seja algo para poucos.
Seja para pessoas que acreditam nas outras pessoas.
Seja para pessoas que não se acomodaram diante da mesmice que a sociedade pede todos os dias. Talvez por isso seja mais fácil encontrar professores que educadores:
Professores são donos do conhecimento.
Educadores são mediadores.
Professores são profissionais do ensino.
Educadores fazem do ensino um estimulo para seu conhecimento pessoal.
Professores usam a palavra como instrumento.
Educadores usam o silencio.
Professores batem as mãos na mesa.
Educadores batem o pé no chão.
Professores são muitos, Educadores são Um.
O educador tem os pés no chão, mas sua cabeça está sempre nas alturas porque acredita que quem está à sua frente não é um cliente esperando para ser atendido, mas uma pessoa aguardando orientações para seguir seus passos. Esta é a razão de ser do educador. Esta é sua esperança. E para isso, o educador precisar ser inteiro, precisar ser completo, precisa estar em sintonia com o universo. Por isso é para poucos, mas não devia ser assim. O ideal seria que toda sociedade estivesse voltada para a realização de todos e não apenas para a de alguns privilegiados que se sentem como deuses e querem decidir a vidas das pessoas. O certo seria que todo ser humano desenvolvesse seus dons e talentos para o bem de todos e que não fosse algo extraordinário alguém sobressair-se por causa de seu potencial artístico. Simplesmente deveria ser assim todo; deveria ser comum todos os seres poderem expressar sua alegria de estar vivo sem precisar "vender" seus talentos para manterem-se vivos. Infelizmente, no entanto, a realidade que vivemos foi "pensada" de um jeito tal que as pessoas são compreendidas como máquinas de ganhar dinheiro, como objeto de consumo, como um monte de lixo que servirá apenas de estrume para aqueles que dominam o sistema social. É preciso reverter esse quadro. É preciso que os professores criem uma consciência nova, dinâmica, ancestral, para que novo jeito de pensar venha à tona e possa colocar em xeque uma sociedade que desvaloriza o ser humano em detrimento do dinheiro, do acúmulo, do consumo. É preciso que os professores virem educadores de verdade e possam despertar nossos jovens para o futuro que se inscreve em nossa memória ancestral. Só assim teremos um amanhã.

Daniel Munduruku
Graduado em Filosofia e Doutorando em Educação na USP. Comendador do Mérito Cultural da Presidência da República. Escritor com 35 obras publicadas (infantil, juvenil e adulta) Diretor presidente do Instituto Indígena Brasileiro para P. Intelectual

Minhas leituras

A leitura entrou em minha vida muito cedo como uma tempestade que chega para amainar a seca bem na hora certa? Tem hora certa? Minha vida nunca mais foi a mesma, comecei a ler com seis anos e meio, devorei Monteiro Lobato, aos oito lia Jorge Amado escondida, em seguida li clássicos e então conheci o mundo, sei o que é um ovo Fabergé, conheço várias culturas e religiões, sei onde ir para conhecer pontos turísticos importantes das cidades mais famosas do mundo, sei tanto, meu Deus, pelo único meio de poder ser livre.Sou professora atuando como coordenadora atualmente e um dos meus projetos em andamento é o de colocar na mão de cada aluno um livro, pois na escola em que trabalho não há um espaço definido como biblioteca, então atrevo a invadir a aula do professor e emprestar livros e não há um aluno que diga: Não quero! Digo isso porque uma das principais queixas dos professores é a de que o aluno não quer ler, aí eu me pergunto: Já parou para pensar no que está oferecendo a esse aluno?Minha vida é leitura, leio para aprender, leio para fazer, leio para me informar, leio por prazer, leio para conversar, leio para...TUDO! Ah, e não fiquei perturbada, como alguns alegam que a leitura em excesso é capaz de fazer...tola desculpa para manter na ignorância e manipular.Hoje gostaria de recomendar um dos livros que li em dezembro de 2008, são dois volumes: Os pilares da terra, de Ken Follet, trata-se da vida durante a Idade Média e para quem trabalha História, tem tudo a ver com o feudalismo, além de ser uma história dinâmica, repleta de acontecimentos, distrai muito bem.Amo ler e fazer ler, para isso leio, para isso ensino, para isso vivo!



O prazer e a importância de ler

Simplesmente ler

Ler sempre.Ler muito.
Ler quase tudo
Ler com os olhos,os ouvidos, com o tato,
pelos poros e demais sentidos.
Ler com razão e sensibilidade.
Ler desejos, o tempo, o som do silêncio e do vento.
Ler imagens, paisagens, viagens.
Ler verdades e mentiras.
Ler para obter informações inquietantes, dor e prazer.
Ler o fracasso, o sucesso, o ilegível, o impensável, as entrelinhas.
Ler na escola, em casa, no campo, na estrada, em qualquer lugar.
Ler a vida e a morte.
Saber ser leitor tendo o direito de saber ler.
Ler simplesmente ler.

Edith Chacon Theodoro

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Meu primeiro seguidor!!!!!

Preciso registrar e homenagear que eu tenho MEU PRIMEIRO SEGUIDOR!!!
Estou feliz da vida! Um seguidor! Bem dizia papai: O que interessa é a qualidade, não a quantidade!
Obrigada, Lê, pelo carinho!!!

COMENTÁRIOS SOBRE O GESTAR II

Estou participando do curso Gestar II pela Semed, oferecido para os professores de Língua Portuguesa das séries finais do Ensino Fundamental, para o caso de alguém que for ler e não saiba do que estou falando. Estou aplicando as atividades em uma sala do sexto ano da minha escola e ando preocupada, muito preocupada.
Gente, o nível de aprendizagem desta sala está aquém do esperado e desejado, onde falha a educação? Um curso destes, com um material de qualidade, são dezoito livros/módulos para ler, com sugestões de atividades, orientações ao professor, coisa de luxo e... como aproveitar melhor este material?Sei que meu trabalho é ensinar, e que se detecto problemas, meu dever é buscar instrumentos para tentar sanar esta deficiência...bonitas palavras...mas como? estou pensando em novos métodos para aplicar estas atividades, acho que vou preparar as aulas e postar no blog, fotografar, filmar, brincar e escrever muito, muito mesmo!
Gente, se tiverem alguma sugestão, por favor, façam-na!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Ciclo de palestras

Este mês encerra-se o ciclo de palestras que se iniciou em maio, tanto para os professores e mais ainda para os alunos. Os palestrantes foram agendados através da iniciativa do SIMTED, com temas urgentes às crianças, jovens e adultos e foi um sucesso. A primeira delas foi com a palestrante Ceila Reis, no dia 18 de maio e o tema foi "A educação para uma cultura de paz" e atendeu aos sextos anos A, B, C e D e sétimo A e B; a segunda foi dia 21 de maio e o tema foi "Crise econômica mundial: o que eu tenho a ver com isso?", ministrada pelo Alceu Júnior Bittencourt para o 9º ano Único; dia 26 de maio o tema foi "As novas gerações e a construção da paz", com o Padre Crispin Guimarães e atendeu as turmas dos 6º A, B, C, D e 8º A e B; dia 28 de maio "Meio ambiente e coleta seletiva", com Ivete Maximina Cavedon Guimarães para o 7º ano B e C; dia 08 de junho o palestrante foi Ataulfo Alves Stein Neto com o tema "A produção de espaço urbano em uma cidade socialmente mais justa" e atendeu ao 9º Único; dia 16 de junho o tema foi "Globalização e trabalho no decorrer da História", com Leonardo Nunes, no 9º ano; ontem, dia 17 de junho, esteve aqui na escola, no período vespertino, o advogado Robson Moraes dos Santos nos informando sobre " O educando ne seus deveres comportamentais, frente ao Estatuto da Criança e Adolescente", palestra assistida pelos 5º anos B, C e D. A útima neste semestre será dia 22 de junho com o tema "Política Econômica a serviço da vida humana e que respeite o meio ambiente e a biodiversidade" e será ministrada pelo Marcos Falco. Esta iniciativa do SIMTED coloca ao alcance do educando assuntos pertinentes ao mundo atual, oportunizando-os de uma reflexão e discussão saudáveis para a formação do indivíduo.

domingo, 14 de junho de 2009

Onde começa a velhice?

Velhinha
Florbela Espanca
Se os que me viram já cheia de graça
Olharem bem de frente para mim,
Talvez, cheios de dor, digam assim:
"Já ela é velha! Como o tempo passa"!...
"Não sei rir e cantar por mais que faça!
Ó minhas mãos talhadas em marfim,
Deixem esse fio de oiro que esvoaça!
Deixem correr a vida até ao fim!
Tenho vinte e três anos! Sou velhinha!
Tenho cabelos brancos e sou crente...
Já murmuro orações... falo sozinha...
E o bando cor-de-rosa dos carinhos
Que tu me fazes, olho-os indulgente,
Como se fosse um bando de netinhos...

Olhe para as flores!

recados destaques

Carta de uma pré adolescente aos Governantes

É um tapa na cara de muito marmanjo que pensa que não estamos vendo e sentindo seus erros.

Ideias e...

Estou fervilhando de ideias para incrementar as aulas de 6º ao 9º ano, já consegui colocar um livro na mão de cada aluno dos sextos anos e no sétimo B, de todas as salas dois alunos recusaram, o que me incomodou muito, já que, não entendi a recusa, mas irei insistir com cada um deles.
Penso em um curso de teatro no contra período, entretanto como irei selecioná-los, de forma que contemple dois de cada sala? E terei de dar noções básicas de representação e roteiro.
Também gostaria de ensaiar um grupo de dança, é claro que não sou coréografa e nem diretora de teatro, mas tenho uma boa vontade, que...
Se, no período em que estiver na Coordenação, conseguir fazer isso pelos alunos, minha alegria será indizível!
Lembrando sempre de instrumentalizar meus professores para aulas de qualidade e harmonia nas relações interpessoais.
Bjos mil, caro leitor e se, puder colaborar com sugestões, adorarei recebê-las!

domingo, 24 de maio de 2009

Experiências pessoais de ensino utilizando a Internet

Venho desenvolvendo algumas experiências no ensino de graduação e de pós-graduação na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Criei uma página pessoal na Internet, no endereço www.eca.usp.br/prof/moran. Nela constam as disciplinas de pós-graduação - Redes eletrônicas na Educação e Novas Tecnologias para uma Nova Educação - e três de graduação - Novas Fronteiras da Televisão, Legislação e Ética do Radialismo e Mercadologia de Rádio e Televisão - com o programa e alguns textos meus e dos meus alunos. O roteiro básico é o seguinte: no começo do semestre, cada aluno escolhe um assunto específico dentro da matéria, vai pesquisando-o na Internet e na biblioteca. Ao mesmo tempo, pesquisamos também temas básicos do curso. O aluno apresenta os resultados da sua pesquisa específica na classe e depois pode divulgá-los, se quiser, através da Internet.
Disponho de duas salas de aula com dez computadores em uma e quatorze em outra, ligados à Internet por fibra ótica, para vinte alunos, em média. Utilizamos essa sala a cada duas ou três semanas. As outras aulas acontecem na sala convencional.
O fato de ver o seu nome na Internet e a possibilidade de divulgar os seus trabalhos e pesquisas, exerce uma forte motivação nos alunos, os estimula a participar mais em todas as atividades do curso. Enquanto preparam os trabalhos pessoais, vou desenvolvendo com eles algumas atividades.
Começamos com uma aula introdutória para os que não estão familiarizados com a Internet. Nela aprendemos a conhecer e a usar as principais ferramentas. Fazemos pesquisa livre, em vários programas de busca. Cadastramos a cada aluno para que tenha o seu e mail pessoal (na própria universidade ou em sites que oferecem endereços eletrônicos gratuitamente).
Num segundo momento, todos pesquisamos um tópico importante do programa. É importante sensibilizar o aluno antes para o que se quer conseguir neste momento, neste tópico. Se o aluno tem claro ou encontra valor no que vai pesquisar, o fará com mais rapidez e eficiência. O professor precisa estar atento, porque a tendência na Internet é para a dispersão fácil. O intercâmbio constante de resultados, a supervisão do professor podem ajudar a obter melhores resultados. Eles vão gravando os endereços, artigos e imagens mais interessantes em disquete e também fazem anotações escritas, com rápidos comentários sobre o que estão salvando. As descobertas mais importantes são comunicadas aos colegas. Imprimem os textos mais significativos. No final, os alunos comunicam os principais resultados da sua busca e encontramos os principais pontos de apoio para analisar o tema do dia. Professor e alunos relacionam as coincidências e divergências entre os resultados encontrados e as informações já conhecidas em reflexões anteriores, em livros e revistas.
O meu papel é o de acompanhar cada aluno, incentivá-lo, resolver suas dúvidas, divulgar as melhores descobertas. As aulas na Internet se alternam com as aulas habituais, onde acrescentamos textos escritos, vídeos para aprofundar os temas pesquisados inicialmente na Internet. Posteriormente, cada aluno desenvolve um tema específico de pesquisa, que ele escolhe, conciliando o seu interesse pessoal e o da matéria. É interessante que os alunos escolham algum assunto dentro do programa que esteja mais próximo do que eles valorizam mais. Essas pesquisas podem ser realizadas dentro e fora do período de aula. Estou junto com eles, dando dicas, tirando dúvidas, anotando descobertas. Esses temas específicos são mais tarde apresentados em classe para os colegas. O professor complementa, questiona, relaciona essas apresentações com a matéria como um todo. Alguns alunos criam suas páginas pessoais e outros entregam somente os resultados das suas pesquisas para colocá-los na minha página.
Além das aulas, acontece um estimulante processo de comunicação virtual, junto com o presencial. Eles podem pesquisar em uma sala especial em qualquer horário, se houver máquinas livres. Os alunos me procuram mais para atendimento específico na minha sala, e também enviam mensagens eletrônicas. Como todos têm e-mail, envio com freqüência textos, endereços, idéias, sugestões em uma lista que crio para o curso. Isso estimula, principalmente na pós-graduação, o intercâmbio, a troca também entre colegas, a inserção de novos materiais trazidos pelos próprios alunos.
A navegação precisa de bom senso, gosto estético e intuição. Bom senso para não deter-se, diante de tantas possibilidades, em todas elas, sabendo selecionar, em rápidas comparações, as mais importantes. A intuição é um radar que vamos desenvolvendo de "clicar" o mouse nos links que nos levarão mais perto do que procuramos. A intuição nos leva a aprender por tentativa, acerto e erro. Às vezes passaremos bastante tempo sem achar algo importante e, de repente, se estivermos atentos, conseguiremos um artigo fundamental, uma página esclarecedora. O gosto estético nos ajuda a reconhecer e a apreciar páginas elaboradas com cuidado, com bom gosto, com integração de imagem e texto. Principalmente para os alunos, o estético é uma qualidade fundamental de atração. Uma página bem apresentada, com recursos atraentes, é imediatamente selecionada, pesquisada.
Ensinar utilizando a Internet exige uma forte dose de atenção do professor. Diante de tantas possibilidades de busca, a própria navegação se torna mais sedutora do que o necessário trabalho de interpretação. Os alunos tendem a dispersar-se diante de tantas conexões possíveis, de endereços dentro de outros endereços, de imagens e textos que se sucedem ininterruptamente. Tendem a acumular muitos textos, lugares, idéias, que ficam gravados, impressos, anotados. Colocam os dados em seqüência mais do que em confronto. Copiam os endereços, os artigos uns ao lado dos outros, sem a devida triagem.
Creio que isso se deve a uma primeira etapa de deslumbramento diante de tantas possibilidades que a Internet oferece. É mais atraente navegar, descobrir coisas novas do que analisá-las, compará-las, separando o que é essencial do acidental, hierarquizando idéias, assinalando coincidências e divergências. Por outro lado, isso reforça uma atitude consumista dos jovens diante da produção cultural audiovisual. Ver equivale, na cabeça de muitos, a compreender e há um certo ver superficial, rápido, guloso sem o devido tempo de reflexão, de aprofundamento, de cotejamento com outras leituras. Os alunos se impressionam primeiro com as páginas mais bonitas, que exibem mais imagens, animações, sons. As imagens animadas exercem um fascínio semelhante às do cinema, vídeo e televisão. Os lugares menos atraentes visualmente costumam ser deixados em segundo plano, o que acarreta, às vezes, perda de informações de grande valor.
A Internet é uma tecnologia que facilita a motivação dos alunos, pela novidade e pelas possibilidades inesgotáveis de pesquisa que oferece. Essa motivação aumenta se o professor a faz em um clima de confiança, de abertura, de cordialidade com os alunos. Mais que a tecnologia o que facilita o processo de ensino-aprendizagem é a capacidade de comunicação autêntica do professor, de estabelecer relações de confiança com os seus alunos, pelo equilíbrio, competência e simpatia com que atua.
O aluno desenvolve a aprendizagem cooperativa, a pesquisa em grupo, a troca de resultados. A interação bem sucedida aumenta a aprendizagem. Em alguns casos há uma competição excessiva, monopólio de determinados alunos sobre o grupo. Mas, no conjunto, a cooperação prevalece.
A Internet ajuda a desenvolver a intuição, a flexibilidade mental, a adaptação a ritmos diferentes. A intuição, porque as informações vão sendo descobertas por acerto e erro, por conexões "escondidas". As conexões não são lineares, vão "linkando-se" por hipertextos, textos interconectados, mas ocultos, com inúmeras possibilidades diferentes de navegação. Desenvolve a flexibilidade, porque a maior parte das seqüências são imprevisíveis, abertas. A mesma pessoa costuma ter dificuldades em refazer a mesma navegação duas vezes. Ajuda na adaptação a ritmos diferentes: a Internet permite a pesquisa individual, em que cada aluno vai no seu próprio ritmo e a pesquisa em grupo, em que se desenvolve a aprendizagem colaborativa.
Na Internet também desenvolvemos formas novas de comunicação, principalmente escrita. Escrevemos de forma mais aberta, hipertextual, conectada, multilingüística, aproximando texto e imagem. Agora começamos a incorporar sons e imagens em movimento. A possibilidade de divulgar páginas pessoais e grupais na Internet gera uma grande motivação, visibilidade, responsabilidade para professores e alunos. Todos se esforçam por escrever bem, por comunicar melhor as suas idéias, para serem bem aceitos, para "não fazer feio". Alguns dos endereços mais interessantes ou visitados da Internet no Brasil são feitos por adolescentes ou jovens.
Outro resultado comum à maior parte dos projetos na Internet confirma a riqueza de interações que surgem, os contatos virtuais, as amizades, as trocas constantes com outros colegas, tanto por parte de professores como dos alunos. Os contatos virtuais se transformam, quando é possível, em presenciais. A comunicação afetiva, a criação de amigos em diferentes países se transforma em um grande resultado individual e coletivo dos projetos.

José Manuel Moran
Especialista em projetos inovadores na educação presencial e a distância
Texto que inspirou o capítulo primeiro do livro: MORAN, José Manuel, MASETTO, Marcos e BEHRENS, Marilda. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica. 15ª ed. Campinas: Papirus, 2007, p.11-65

Experiências pessoais de ensino utilizando a Internet

Ensinar de formas diferentes para pessoas diferentes
Com a Internet estamos começando a ter que modificar a forma de ensinar e aprender tanto nos cursos presenciais como nos de educação continuada, a distância. Só vale a pena estarmos juntos fisicamente - num curso empresarial ou escolar - quando acontece algo significativo, quando aprendemos mais estando juntos do que pesquisando isoladamente nas nossas casas. Muitas formas de ensinar hoje não se justificam mais. Perdemos tempo demais, aprendemos muito pouco, nos desmotivamos continuamente. Tanto professores como alunos temos a clara sensação de que em muitas aulas convencionais perdemos muito tempo.
Podemos modificar a forma de ensinar e de aprender. Um ensinar mais compartilhado. Orientado, coordenado pelo professor, mas com profunda participação dos alunos, individual e grupalmente, onde as tecnologias nos ajudarão muito, principalmente as telemáticas.
Ensinar e aprender exigem hoje muito mais flexibilidade espaço-temporal, pessoal e de grupo, menos conteúdos fixos e processos mais abertos de pesquisa e de comunicação. Uma das dificuldades atuais é conciliar a extensão da informação, a variedade das fontes de acesso, com o aprofundamento da sua compreensão, em espaços menos rígidos, menos engessados. Temos informações demais e dificuldade em escolher quais são significativas para nós e conseguir integrá-las dentro da nossa mente e da nossa vida.
A aquisição da informação, dos dados dependerá cada vez menos do professor. As tecnologias podem trazer hoje dados, imagens, resumos de forma rápida e atraente. O papel do professor - o papel principal - é ajudar o aluno a interpretar esses dados, a relacioná-los, a contextualizá-los.
Aprender depende também do aluno, de que ele esteja pronto, maduro, para incorporar a real significação que essa informação tem para ele, para incorporá-la vivencialmente, emocionalmente. Enquanto a informação não fizer parte do contexto pessoal - intelectual e emocional - não se tornará verdadeiramente significativa, não será aprendida verdadeiramente.
Hoje temos um amplo conhecimento horizontal - sabemos um pouco de muitas coisas, um pouco de tudo. Falta-nos um conhecimento mais profundo, mais rico, mais integrado; o conhecimento diferente, desvendador, mais amplo em todas as dimensões.
Uma parte das nossas dificuldades em ensinar se deve também a mantermos no nível organizacional e interpessoal formas de gerenciamento autoritário, pessoas que não estão acompanhando profundamente as mudanças na educação, que buscam o sucesso imediato, o lucro fácil, o marketing como estratégia principal.
O professor é um facilitador, que procura ajudar a que cada um consiga avançar no processo de aprender. Mas tem os limites do conteúdo programático, do tempo de aula, das normas legais. Ele tem uma grande liberdade concreta, na forma de conseguir organizar o processo de ensino-aprendizagem, mas dentro dos parâmetros básicos previstos socialmente.
O aluno não é unicamente nosso cliente que escolhe o que quer. É um cidadão em desenvolvimento. Há uma interação entre as expectativas dos alunos, as expectativas institucionais e sociais e as possibilidades concretas de cada professor. O professor procura facilitar a fluência, a boa organização e adaptação do curso a cada aluno, mas há limites que todos levarão em consideração. A personalidade do professor é decisiva para o bom êxito do ensino-aprendizagem. Muitos não sabem explorar todas as potencialidades da interação.
Se temos que trabalhar com um grupo, não poderemos provavelmente preencher todas as expectativas individuais. Procuraremos encontrar o ponto de equilíbrio entre as expectativas sociais, as do grupo e as individuais. Quando há uma diferença intransponível entre as expectativas grupais e algumas expectativas individuais, incontornáveis a curto prazo, ainda assim, na educação, procuraremos adaptar flexivelmente as propostas, as técnicas, a avaliação (prazo maior, diferentes formas de avaliação). Somente no fim deste processo podemos julgar negativamente - reprovar o outro. É cômodo para o educador jogar sempre a culpa nos alunos, dizendo que não estão preparados, que são problemáticos. A criatividade está em encontrar formas de aproximação dos alunos às nossas propostas, à nossa pessoa.
Não podemos dar aula da mesma forma para alunos diferentes, para grupos com diferentes motivações. Precisamos adaptar nossa metodologia, nossas técnicas de comunicação a cada grupo. Tem alunos que estão prontos para aprender o que temos a oferecer. É a situação ideal, onde é fácil obter a sua colaboração. Alunos mais maduros, que necessitam daquele curso ou que escolheram aquela matéria livremente facilitam nosso trabalho, nos estimulam, colaboram mais facilmente.
Outros alunos, no início do curso podem estar distantes, mas sabendo chegar até eles, mostrando-nos abertos, confiantes e motivadores, sensibilizando-os para o que eles vão aprender no nosso curso, respondem bem e se dispõem a participar. A partir daí torna-se fácil ensinar.
Existem outros que não estão prontos, que são imaturos ou estão distantes das nossas propostas. Procuraremos aproximá-las o máximo que pudermos deles, partindo do que eles valorizam, do que para eles é importante. Mas se, mesmo assim, a resposta é fria, poderemos apelar para algumas formas de impor tarefas, prazos, avaliações mais freqüentes, de forma madura, mostrando que é pelo bem deles e não como forma de vingança nossa. O professor pode impor sem ser autoritário, sem humilhar, colocando as tarefas de forma clara, calma e justificada. A imposição é um último recurso do professor, não primeiro e único. Sempre que for possível, avançaremos mais pela interação, pela colaboração, pela pesquisa compartilhada do que pela imposição.
José Manuel Moran

O novato do colegial

  AVISO LEGAL Alguns dos personagens encontrados nesta história e/ou universo não me pertencem, mas são de propriedade intelectual de seus r...