terça-feira, 19 de outubro de 2010

Tendências pedagógicas

Atualmente percebo um retorno à pedagogia do Johann Pestalozzi (1746-1827) quando me deparo com as condições em que se desenvolvem o Projeto Federal Mais Educação, os alunos em período integral na escola e, pessoalmente, concordo com ele quando fala em executar uma metodologia em que a disciplina não possa ser obtida através da coerção, punição ou recompensa, este é o princípio da corrupção, infelizmente, na sua época, a Igreja era dominante e não estava interessada na educação do povo.




Friedrich Froebel (1782-1852) voltou-se para a educação na primeira fase da infância, utilizando jogos como meios de educar crianças a partir dos estímulos visuais e sonoros, gosto e utilizo o sentar-se em círculos como meio de unidade da turma em qualquer idade, seja para discutir/brincar/estudar/divertir porque é observando que podemos aprimorar os planejamentos necessários para a utilização adequada do procedimento pedagógico, envolvendo os alunos, criando interesse porque nos basearemos em seu conhecimento e meio para educá-los.



Ovide Decroly (1871-1932), pedagogo belga produziu algumas ações das quais compactuo, mas de muitas discordo, acredito que o aluno deve ser orientado para o saber e não que ele seja capaz de sozinho, saber o que deve aprender, penso que devemos ensinar o aprender a aprender ao aluno, servindo como exemplo e, atualmente para que o ser humano tenha condições básicas de se alimentar, de se abrigar, de defender-se e procriar é necessária uma preparação profissionalizante, acredito que um conhecimento evoca outro, mas isto deve ser orientado e nem sempre é aproveitado. Também são importantes suas idéias sobre linguagens múltiplas, percebo serem complexas suas idéias e penso,como ele, que a escola deve partir dos interesses dos alunos (com orientação para a amplitude social), tenho medo dessa idéia de que do caos nasce a ordem, do todo para o particular, creio ser bem fácil perder-se no meio do trajeto e escapar do tema proposto para chegar à particularidade ambicionada.



Maria Montessori (1870-1952): tenho muita simpatia pela sua metodologia, entretanto, há o perigo da individualização, talvez, aparando algumas arestas, teríamos o método eficaz na construção do indivíduo social, mesmo porque no texto oferecido pelo curso afirma que, hoje em dia, trabalha-se o método Montessoriano em grupo e, inclusive, utilizei e utilizo o material dourado para ensinar as quatro operações para meus alunos e minha filha porque acredito que a criança, usando o concreto, consiga desenvolver o raciocínio lógico necessário ao desenrolar de suas vidas.



John Dewey (1859-1952) suas idéias são de grande valia para os educadores da atualidade, valorizando o pensamento do educando como um instrumento de crescimento e formação humana. Para a elaboração de problemas é vital que se problematize o tema a ser investigado e apreendido, estreitando relações entre a teoria e a prática, outra idéia importante de sua metodologia é a democracia, estimulando o educando a compartilhar as suas idéias, acreditando na sua capacidade de raciocínio, colocando a escola como uma sociedade miniaturizada conduzindo da simplicidade à complexidade, compreendi que devemos compartilhar a visão de mundo de cada um e construir algo melhor, afirmando que só a inteligência pode nos proporcionar autonomia.



Célestin Freinet (1896-1966) traz à tona a necessidade de envolvimento afetivo na relação educador-educando, fortalecendo a idéia de erro como tentativa de acerto, para não provocar no aluno a sensação de fracasso, desestimulando-o a prosseguir nos estudos e admiro sua coragem em divulgar suas idéias e métodos mesmo correndo perigo e indo para um campo de concentração; saiu de lá e retomou seus trabalhos porque acreditava piamente em seus ideais educacionais. Sua metodologia apresenta quatro eixos: a cooperação, comunicação, documentação e afetividade. Suas aulas em campo e seus cantinhos temáticos foram instrumentos já utilizados por mim, os cantinhos temáticos não deram certo, pois as salas de aulas são utilizadas nos três turnos e o cantinho sempre estava “diferente”, já as aulas-passeio dão certo quando há o conhecimento prévio do que deve ser observado para uma discussão posterior.



Paulo Freire (1921-1997), famoso por suas idéias acerca da educação, principalmente, a alfabetização do adulto, nos ensina que devemos partir de uma palavra geradora do meio em que o aluno vive para alfabetizá-lo, conscientizando-o de exercer sua criticidade diante dos fatos vivenciados, tirando a pose do professor sabe-tudo (o que nos levou a um redimensionamento mais humano, passíveis de dúvidas, erros e acertos), humanizando as relações entre professor e aluno sem perder sua autoridade orientando-o para a produção de conhecimento tendo como início a sua própria cultura levando-o a globalização social, dando a noção de que não existe verdade absoluta e que estamos em constante processo de mudança, tornando-nos eternos aprendizes.



Jean Piaget (1896-1980) Ele era biólogo e, como tal, estudou as fases de desenvolvimento das crianças e como se estrutura o conhecimento, suas fases e a forma de estimulá-las à construção da aprendizagem, e são de seus estudos que surgiu a teoria do Construtivismo, que, pelo menos para mim, chegou como modismo aqui no Brasil com muitos dizendo que trabalhavam assim, mas sem, de fato, saber como incorporar a teoria à prática, ele investigou sobre o egocentrismo infantil, afirmando que o pensamento infantil passa por quatro estágios de desenvolvimento.

É um dos mais comentados no meio educacional e suas idéias são discutidas e estudadas em todo mundo.



Fernando Hérnandez nos traz a teoria de se trabalhar com projetos que nasçam das dúvidas em sala de aula, mas é perigoso o dizer “trabalho com projetos” sem que aja um acompanhamento direcionado aos objetivos e além deles, se possível, anotando e ampliando a situação-problema para que aja aprendizagem, pensando em um projeto que abranja as disciplinas convencionais e que se explore o tema de todos os ângulos, mas ainda teremos aulas expositivas, seminários, debates, representações de situações reais instrumentalizando dos educadores para a melhoria na qualidade de ensino.

Outro fator que considero importante ao se trabalhar com projetos é a avaliação final feita pelos alunos e pelos professores revendo o que foi pesquisado e a contribuição que o tema trouxe para a vida dos educadores e educandos.



Lev Vygotsky (1896-1934) contribuiu para a educação ao elaborar sua teoria sobre a zona proximal e a intermediação do professor para levar o aluno ao conhecimento real e que isso ocorra de forma estimulante e não maçante a ponto de desestimular o educando.Desenvolver as habilidades requer apresentar o conhecimento que ligue o que o educando saiba ao que ele ainda não sabe através da mediação do professor.



Fiz uma análise de cada educador, destacando o que pensei ser relevante à forma de educar as pessoas e tenho que escolher um para o diálogo teórico no fórum, simpatizo muito com Paulo Freire que apresenta a teoria de que devemos partir de um tema gerador para alfabetizar e educar, entretanto associarei à Paulo Freire a importância de Fernando Hérnandez, pois, se encaixa em minha prática de trabalhar com projetos interdisciplinares partindo das dúvidas e do que o aluno ainda desconheça daquele conhecimento e que ele, depois, repasse a experiência à alguém, ampliando seu conhecimento ao partilhá-lo com alguém.

O novato do colegial

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